Tema: Como cultivar a afetividade nos relacionamentos familiares.
Texto base:
Se alguém não tem cuidado dos seus e, especialmente, dos da própria casa, esse negou a fé e é pior do que o descrente.I Timóteo 5:8
Objetivo: Levar os ouvintes à decisão de quererem trabalhar intencionalmente, para que haja um ambiente de afetividade nos seus relacionamentos familiares.
Introdução
1. Argumentação:
- O cristianismo também precisa ser vivenciado no contexto familiar.
- A afetividade no contexto familiar é uma evidência da fé genuína.
- A afetividade nos relacionamentos não pode ser praticada somente no contexto da igreja.
- A nossa tendência carnal é ser cordial e afetivo com quem está mais distante.
- Criar um ambiente de afetividade no contexto familiar exige um esforço pessoal.
2. Afirmação Principal:
Precisamos trabalhar intencionalmente, para que haja um ambiente de afetividade nos nossos relacionamentos familiares.
Como podemos fazer isso?
1. Respeitando a individualidade do outro
I Coríntios 12:12,14-20,25
12 Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
14 O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos.
15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não pertenço ao corpo, nem por isso deixa de fazer parte do corpo.
16 E se o ouvido disser: Porque não sou olho, não pertenço ao corpo, nem por isso deixa de fazer parte do corpo.
17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
18 De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade.
20 Assim, há muitos membros, mas um só corpo.
25a …que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros.
- Somos diferentes porque Deus nos fez assim.
- Essa diferença precisa ser respeitada, principalmente no ambiente familiar.
- A intimidade que temos uns com os outros no ambiente familiar nos proporciona maior liberdade.
- O excesso de liberdade pode interferir no respeito à individualidade.
- O desrespeito em relação à individualidade interfere no desenvolvimento da afetividade.
- A liberdade tem que ser condicionada pelo respeito à individualidade.
2. Evitando a agressividade nas reações
II Timóteo 2:23-26
Evite as discussões insensatas e absurdas, pois você sabe que elas só provocam brigas.O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade, mas também o retorno à sensatez, a fim de que se livrem dos laços do diabo, que os prendeu para fazerem o que ele quer.
- Nada justifica a agressividade no convívio familiar.
- A agressividade pode se manifestar através das ações, atitudes ou palavras.
- A agressividade, às vezes, se torna um padrão de comportamento.
- Quando a agressividade se torna um padrão de comportamento, ela passa a ser aceita pelos membros da família como algo natural.
- A agressividade gera mais agressividade, que destrói a afetividade familiar.
Provérbios 15:1
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
3. Aprendendo a praticar o perdão
Colossenses 3:13
Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem também uns aos outros.
- Não há afetividade no convívio familiar sem o perdão incondicional.
- A base para perdoarmos o outro é o perdão que recebemos do Senhor (Mateus 18:21-35).
- O perdão precisa ser colocado em prática diante das fragilidades e das imperfeições de cada um.
- A falta de perdão gera ressentimento, e o ressentimento produz amargura.
4. Desenvolvendo a compaixão por todos
- Certa vez Jesus contou uma parábola que ficou conhecida como a “Parábola do Filho Pródigo” (Lucas 15:11-32).
- Um homem tinha dois filhos: o mais moço pediu a herança antecipada do pai e foi embora, de modo a viver numa terra distante.
- Após gastar todo o dinheiro com uma vida imoral, começou a passar fome.
- Reconhecendo o seu erro, resolveu voltar para o pai e pedir perdão.
- Observe a reação desse pai, quando seu filho retorna para casa:
Lucas 15:20
E, arrumando-se, foi para o seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou.
- Esse pai demonstrou uma grande compaixão por esse filho.
- No entanto, ele também precisou ter compaixão pelo filho mais velho.
- Com o retorno do filho mais novo o pai organizou uma grande festa.
- Quando o filho mais velho chega, ele se ressente com a atitude do pai.
- Ele condena aquela festa, e alega que tem trabalhado duro e não tem recebido nada do pai.
- Agora, observe a atitude do pai diante da reação do filho mais velho:
Lucas 15:31-32
Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu.Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”
- Esse pai também foi extremamente compassivo com o filho mais velho.
- Humanamente falando temos a tendência de ter mais compaixão por uns do que por outros.
- Podemos ter mais facilidade de relacionamento com algum membro da nossa família.
- No entanto, precisamos ter compaixão para com todos.
- A compaixão por todos promove a afetividade no ambiente familiar.
- Estenda a graça e a misericórdia que o Senhor lhe concedeu e estenda isso para os seus familiares.
5. Demonstrando a afetividade diariamente
II Coríntios 6:12
Nosso afeto por vocês não tem limites; vocês é que estão limitados em seu afeto por nós.
- O nosso afeto no ambiente familiar não pode ser bloqueado pela nossa maneira rude de viver.
- A falta de afetividade física no contato pessoal familiar gera distanciamento emocional.
- O carinho no contato físico, com a motivação correta, estimula a afetividade familiar.
- Abrace seus filhos e seus pais, pegue na mão da sua esposa, toquem uns nos outros.
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Conclusão
1. Afirmação Principal:
Precisamos trabalhar intencionalmente, para que haja um ambiente de afetividade nos nossos relacionamentos familiares.
2. Argumentação:
- Trabalhe para desenvolver a afetividade no seu ambiente familiar.
- Fomos criados por um Deus relacional, para sermos seres relacionais.
- A afetividade no ambiente familiar tem sido descartada pela falta de tempo, pelo egoísmo, pelo medo, etc.
- Tome a decisão de ser afetivo no seu relacionamento com seus familiares.